segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Não podemos dizer que a vida de uns valem mais do que a dos outros, entretanto é comprovado que para maior número de pessoas que se identificam com o trabalho, ou certas pessoas que aparecem na mídia, sofrem mais com a morte daquela do que com a de um desconhecido. As pessoas se sentem bem com certas pessoas que tem na TV, revistas e jornais, que muitas vezes as serve como parâmetro, como estimulador, para que elas tenham tenham fé de um dia poderem ser, ou ter aquilo que almejam e veem em outra pessoa, logo não cabe a nós dizermos que aquela pessoa vale mais para todos por ter mais dinheiro ou fama, porque o critério de importância varia de pessoa para pessoa.
Ditados dizem que basta ver os pais para saber como os filhos vão ser, apesar de não servir a todos os casos, isto é muito comum e mostra que uma das relações mais importantes e fortes é a entre pais e filhos, mostra que os filhos se espelham nos pais e tem, normalmente, maior consideração por eles, acabando por ter maior importância para eles do que qualquer outra pessoa, sendo o pai rico, pobre, ou famoso. Isso mostra como as crianças se desenvolvem já analisando os seus futuros professores, que os guiaram no caminho, sendo eles influenciados pela mídia que apresenta certos parâmetros de pessoas que acabam se tornando indiretamente intimas, as quais acaba-se dando maior importância como um familiar, amigo.
Posso citar o meu exemplo como no caso da morte de Ayrton Senna, sua vida e sua morte me impactou tanto quanto a vida e morte de um mendigo o qual não conhecia, me impactou menos que a de uma pessoa que eu vi, me impactou muito menos que a morte de quem conheci, e não me impactou nada comparada com quem amei, ou até de meu pai que não conheci, todos estes mais pobres e menos famosos tem mais importância, impacto e me ensinaram muito mais que a vida e a morte de alguém da qual não acrescentou nada em minha vida. Cabendo a análise de que o que tem mesmo valor é aquilo que se quer e se aprende com quem se convive, fazendo que na hora da morte julguemos somente aquilo que nós aprimorou para definir se a pessoa vale mais ou menos.
Essa dos famosos aparecerem nos jornais, quando morrem e não os pobres, pode ser analisada de outra forma como a minha , porque o que te acrescenta mais? alguém que tu vê na TV e que tu te espelha, ou alguém que morreu e não te disse se quer uma palavra para levares a tua vida. E ter fama, não é ser popular ter mais gente que o idolatre, tornando sua morte mais reconhecida, e por conseguinte mais rentável aos jornais, revistas e programas de TV?Sendo justificavel esta "desigualdade" que não se resume a todos e sim ao teu ver sobre cada um.


Comentários:
  1. debora-renz.blogspot.com
  2. paolabp.blogspot.com
  3. mimecarlesso.blogspot.com

Um comentário:

  1. Giovanni,
    A tua análise está bem interessante por trazer exemplos concretos que embasam a discussão do texto proposto. Concordo contigo quando dizes que os indivíduos necessitam de um parâmetro e este pode ser a família, os amigos e até mesmo os personagens da mídia. Hoje há estudos que comprovam a influência da mídia no comportamento dos indivíduos. E essa mídia acaba idolatrando sujeitos e anulando tantos outros. Como devemos nos comportar perante essa mídia que envolve e ao mesmo tempo aliena? Como adquirir uma visão crítica e não aceitar tudo que a mídia expõe? Ficam essas questões para pensarmos.
    Um abraço.

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